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Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não
passarão!
Esta
verdade já tem mais de 2 mil anos e continua correndo
– pelo mundo, sendo amada e reconhecida por todos os
povos que conhecem e respeitam o cristianismo.
Foi
um jovem carpinteiro – Filho do Homem quem fez esta
afirmação, sem deixar escrita no papel, madeira ou
pedra, mas na memória de quem acompanhava Jesus Cristo,
pelas terras do Oriente.
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Quem duvida desta afirmação e suas conseqüências
para a humanidade?
As
mulheres e os homens incoerentes – podem ser os
primeiros encontrados em qualquer parte, inclusive nas
Igrejas, universidades, escolas, residências e nos
locais de trabalho, assim como, sobretudo nas ruas por
onde passam andando e correndo, visando obter os
recursos da sobrevivência.
Antes
mesmo de Cristo – ano 300, Aristóteles afirmava que a
falta de coerência acontece quando a palavra é destituída
de firmeza e segurança, ou seja – carrega a contradição
– dizer não e, ao mesmo tempo sim, sobre uma
determinada questão relatada em diferentes
oportunidades.
Esta
concepção assume o caráter do absurdo quando a prática
não segue ou obedece à determinação da palavra
resultante da formulação teórica, para efeito
demonstrativo do que deverá ser o retrato da certeza e
determinação do ser humano em torno de um fato ou da
idéia que estiver com ele ou tenha origem na sua
faculdade mental.
Na
pratica da vida atual – a coerência vem sendo tratada
com menosprezo e jocosidade, até mesmo nos meios da
sabedoria – escolas e universidades, além da família
e nas entidades culturais, daí partindo para os laboratórios,
setores de estudo e pesquisa, onde a busca da verdade
deveria ser fundamental e necessária.
No
passado de 23 séculos, desde Aristóteles – a verdade
continua na dependência de numerosas pessoas e milhares
de perguntas feitas, quase sempre, somente pelos
pesquisadores, entre os quais os jornalistas que,
diariamente no seu trabalho fazem as interrogações de
modo sistemático.
Com
esses instrumentos verbais e sem a necessidade da eloqüência,
os repórteres ou pesquisadores provocam e irritam as
suas fontes de informações, especialmente as
indispostas ou contrárias aos fatos reveladores de
confusões e sem os fundamentos da coerência acerca das
causas e efeitos consistentes.
Quando
a fonte não conhece ou nega os elementos legítimos da
informação – as conclusões da pesquisa podem ser
incompletas, como também duvidosas, inacreditáveis e
sem procedência confiável, motivo pelo qual o
acontecimento perde a sua razão de ser, o mesmo
acontecendo com os responsáveis pela divulgação.
Os
paradigmas poderão ser considerados em qualquer situação
– quando se apresentam de maneira integrante e
complementar para a constituição da idéia e do fato a
ser conhecido e analisado pelo publico interessado no
reconhecimento da verdade ou da mentira que estiver em
jogo.
O
maior desperdício em torno da coerência – foi
manifestado, recentemente em Natal, a 8 de março –
Dia Internacional da Mulher, por ocasião de uma missa
celebrada na Casa da Criança – Tirol, com a participação
de 300 pessoas, das quais 80 por cento de mulheres,
seguidas de 1 a 2 por cento de homens.
Naquele
momento, uma das mulheres, após a cerimônia – falou
sobre a importância daquela data, sem mencionar os
valores e exemplos do cristianismo relacionados e feitos
com a participação brilhante e corajosa das mulheres
que desejaram a transformação do mundo.
Naquela
comunidade católica foram esquecidos os exemplos
deixados na história da Igreja, por algumas mulheres de
grande expressão histórica, social, religiosa e política,
apesar da simplicidade e humildade delas na área do
conhecimento em que predominam os loiros do orgulho e
vaidade.
Ali
faltou a coerência com a doutrina cristã, no plano do
respeito e valorização, segundo
as
orientações de Jesus Cristo, papas, bispos e cardeais
que constituem as principais colunas da Igreja, desde o
seu início.
O
deslize da coerência sobrou para um pequeno grupo de
mulheres que perderam suas vidas em nome da Igreja, ao
mesmo tempo em que defendiam o “povo de Deus”,
publicamente, sem contar com o apoio de autoridades
religiosas que se dizem ligadas ou representantes da
Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
A
demência ou alienação daquelas mulheres – foi
comprovada quando uma de suas representantes falou sobre
a data – deixando no abandono e esquecimento as
demonstrações de Maria Madalena, ao lado Jesus e no
meio dos Apóstolos, além de Judite, no Velho
Testamento, seguida de Joana D´Arc – França,
mais recentemente da Madre Tereza de Calcutá, na
India .
-Como
será possível fazer alguma transformação cultural e
social sem considerar os valores humanos sacrificados?
O
bom-senso e a coerência – assinalam que sem o estudo
da história feito com dignidade, justiça, respeito,
solidariedade e união – jamais haverá possibilidade
de fazer alguma mudança social e cultural com bases
para o futuro da sociedade carente ou destituída de
tais necessidades.
Além
disso, o mundo está repleto de numerosas mulheres que
perderam a vida em decorrência de suas atitudes na
defesa da coletividade, assim como do ensinamento cristão,
visando à justiça para os humildes, pobres e miseráveis
constituídos pela sociedade burguesa das gerações
humanas.
A
lembrança dos acontecimentos em que a mulher está
configurada – jamais poderia ser
esquecida,
por qualquer motivo, menos ainda
na data em que se pretende fazer o reconhecimento
da pessoa feminina que foi capaz e destemida
nos propósitos de mudança
do comportamento inconseqüente e desumano.
Com
a sua fabulosa reserva de valores humanos, religiosos e
espirituais em torno das mulheres, é lamentável que a
Igreja Católica, através de seus fiéis e sacerdotes
deixem passar a data em questão – sem a organização
de intensas comemorações acerca deste assunto, tendo
como ponto de partida as suas próprias figuras que
embelezam a história de 21 séculos.
Se
o procedimento não tiver essa perspectiva, então estará
feita a comprovação de que se abate, atualmente, uma
das maiores crises no meio da Igreja e, conseqüentemente
dos seus fiéis no mundo inteiro, especialmente no lado
Ocidental e latino-americano, onde foram plantadas as
bandeiras e princípios do catolicismo.
Portanto,
surge no horizonte o aviso aos navegantes: remar contra
a maré e os ventos é semelhante ao jogo de pedras na
Lua.
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