Proibição da auto-hemoterapia vista como
“equívoco” no Congresso de Enfermagem
Os efeitos da Auto-hemoterapia foram comprovados
novamente, desta vez através de seis trabalhos científicos
apresentados no 10º Congresso Brasileiro dos Conselhos de
Enfermagem. As informações estão nos anais do evento -
realizado de 3 a 6 de setembro de 2007 no Rio de Janeiro –
que estão sendo disponibilizados na internet. As pesquisas
mostraram que a técnica é eficaz e apresentam
recomendações para que as autoridades regularizem a sua
prática no Brasil.
Um dos documentos destaca que “devido a infundadas
alegações médicas de que não existem comprovações
científicas para a AHT - malgrado evidências de sucesso do
seu uso em outros países - no Brasil esta prática
encontra-se proibida”, adiantando que considera “esta
proibição um verdadeiro equívoco das autoridades, diante
das evidências científicas que temos vivenciado em nossa
prática, sendo também um risco para os usuários, devido a
grande demanda reprimida para a utilização do procedimento
no país”.
Os trabalhos receberam os títulos de “Auto-hemoterapia:
resultados de estudos de casos clínicos realizados na
UNIPAC-JF”, “Conhecendo a auto-hemoterapia e comprovando a
sua eficácia”, “Estudo da eficácia da auto-hemoterapia:
uma análise fisiopatológica”, “Perspectivas da enfermagem
frente a implantação da SAE na auto-hemoterapia”,
“Tratamento da esclerodermia através de auto-hemoterapia:
um estudo de caso clínico”, e “Uso da
auto-hemoterapia-ath como fator coadjuvante no tratamento
da psoríase vulgar”.
SIMPLICIDADE
O trabalho “Estudo da eficácia da Autohemoterapia: Uma
análise fisiopatológica” mostra que “A autohemoterapia -
AHT vem sendo combatida pelas autoridades de saúde no
Brasil, tornando necessário o desenvolvimento de pesquisas
que demonstrem sua efetividade”, explicando que “Este
estudo qualitativo e descritivo-exploratório tem por
objetivo abordar os aspectos fisiopatológicos dos casos
clínicos de clientes participantes da pesquisa sobre
eficácia da AHT, desenvolvida na UNIPAC-JF. Os dados foram
coletados de agosto/06 a junho/07 através da análise de
prontuários (fontes primárias) - numa casuística de 35
pacientes classificados em grupos patológicos - e
analisados com base em referencial bibliográfico
específico”.
Segundo a pesquisa, “A AHT estimula o sistema fagocitário
mononuclear através da ativação do sistema reticulo
endotelial. A partir deste estímulo, o monócito
diferenciado permanece de 1 a 6 dias na circulação de onde
passa para os tecidos se denominando macrófago e
combatendo processos inflamatórios, apresentando antígenos
e induzindo ao reparo tecidual. (ABBAS, 2005)”. Diz que “É
sabido que tal mecanismo atua no combate de processos
patológicos, aumentando a vigilância imunológica,
revertendo e/ou estabilizando processos
crônicos-inflamatórios e crônico-degenerativos (JUNQUEIRA,
2004). Isto também é valido para as patologias
auto-imunes”.
Resultados parciais da pesquisa demonstram que nos
processos auto-imunes, a AHT estimulou a renovação
tecidual de lesões e implementou o combate ao processo
inflamatório gerado. Em processos crônicos degenerativos,
os clientes relataram melhora dos sintomas, o mesmo
ocorrendo para aqueles que apresentavam processos
crônico-inflamatórios. Não foram constatados efeitos
adversos ou colaterais a esta terapia, mesmo naqueles que
fizeram uso prolongado da AHT. Concluiu-se que, por sua
simplicidade, a AHT se mostrou um ótimo tratamento
complementar, inócuo e de eficácia comprovada.
EFICÁCIA
“Conhecendo a auto-hemoterapia e comprovando a sua
eficácia” foi outro trabalho apresentado, no qual é
lembrando que “A auto hemoterapia é uma técnica bastante
antiga. Em 1911 F. Ravaut descreveu seu emprego em
diversas doenças infecciosas, especialmente na febre
tifóide e nas dermatoses. É um recurso terapêutico de
baixo custo, simples que se resume em coletar sangue do
próprio paciente e aplicar em seu músculo. Este
procedimento estimula o Sistema Retículo Endotelial,
quadruplicando o percentual de monócitos e por
conseguinte, de macrófagos em todo organismo”.
A pesquisa descritivo exploratória de enfoque
quanti-qualitativo, tem como objetivo demonstrar a
importância da auto hemoterapia, através da realização do
procedimento e de estudos de casos clínicos em uma amostra
de dez pacientes, dos quais destacaram-se 05 (cinco)
casos, em vista de sua relevância. O critério de inclusão
foi terem os pacientes procurado espontaneamente este
tratamento, sendo em seguida incluídos em um protocolo de
atendimento específico.
Informa que “Realizou-se o follow-up dos casos e
coletaram-se as expectativas e resultados obtidos com o
tratamento através de depoimentos dos próprios pacientes,
com a intenção de divulgar a auto-hemoterapia no meio
acadêmico e cientifico, demonstrando a eficácia do método
e evidenciando a importância e papel do enfermeiro como
profissional responsável pela aplicação deste
procedimento”. Em seguida, ressaltam o desaparecimento de
verrugas após a 3ª aplicação; da grande melhora das
dermatoses crônicas. O relato de melhora com relação ao
estado de ânimo e ao desaparecimento de dores foi unânime
entre os participantes da pesquisa”.
EXCLERODERMIA
No estudo de caso clínico que recebeu o título de
“Tratamento da esclerodermia através de auto-hemoterapia:
um estudo de caso clínico”, com abordagem
quanti-qualitativa, apresentam através de registro
fotográfico e acompanhamento clínico sistematizado, o caso
da cliente ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnostico de
esclerodermia, portadora de extensas feridas com
predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros
inferiores dos joelhos para baixo. A esclerodermia é uma
doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas
vezes os órgãos internos. É classificada como doença
auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico
nestas doenças é ativado para agredir os tecidos do
próprio organismo.
A paciente em questão apresentava a forma sistêmica
(esclerose sistêmica), que afeta os órgãos e sistemas
internos do organismo. Na esclerose sistêmica, o sistema
imunológico costuma causar dano a duas áreas principais:
os vasos sangüíneos de pequeno calibre e as células
produtoras de colágeno localizadas na pele e em todo o
organismo. É o componente colágeno da doença o responsável
pelo espessamento da pele.
Segundo o documento, “Até o momento não há cura para a
esclerodermia, apenas tratamento e minimização dos
sintomas e complicações decorrentes. Submetida à auto
hemoterapia durante 3 meses e limpeza das feridas com
solução isotônica de cloreto de magnésio a 10%, a cliente
apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com
granulação de 70% da área afetada, resultados estes
comprovados através de registro fotográfico e documentação
específica”.
Acrescenta que “A autohemoterapia visa a autoestimulação
do sistema imunológico através da retirada de determinado
volume de sangue venoso do paciente e aplicação deste
mesmo volume por via IM, dividindo-se o volume em 2 ou
mais partes, técnica simples que estimula o aumento dos
macrófagos pela medula óssea, indicada especialmente em
doenças auto imunes. A taxa normal de macrófagos no sangue
sobe de 5 para 22%, complementando a ação da
antibioticoterapia que paralisa a reprodução de
microorganismos, enquanto o sistema imunológico ativado,
vence a infecção.
PSORÍASE
Quanto ao trabalho “Uso da auto-hemoterapia-AHT como fator
coadjuvante no tratamento da psoriase vulgar”,
constitui-se de um estudo descritivo com abordagem quanti
qualitativa realizado através de registros de prontuário
(fontes primária) e registros fotográficos de lesões,
relatando o caso clinico da cliente MGSS, 59 anos, negra,
do lar, com diagnóstico de psoriase vulgar ativa há 30
anos, referindo não ter neste período apresentado melhoras
significativas do quadro, embora tenha experimentado
inúmeros tratamentos.
A cliente iniciou a terapia com múltiplas lesões
características da doença, disseminadas por todo o corpo,
com predominância nas nádegas e nos membros inferiores e
superiores, acompanhada de sintomatologia intensa, como
prurido, irritação e estado emocional instável. A psoríase
vulgar é uma dermatose crônica, inflamatória, não
contagiosa, multigênica, caracterizada por placas e
pápulas descamativas, bem delimitadas de tamanhos
variados. É classificada como doença auto-imune, onde as
lesões iniciais estão associadas a infiltrados dérmicos
perivasculares de linfócitos e fagócitos mononucleares,
onde os neutrófilos podem aparecer no interior da epiderme
criando microabcessos.
Submetida à auto-hemoterapia, MGSS foi tratada com 20
aplicações de 10 ml de sangue, apresentou melhora
significativa do quadro sintomático, com redução do
prurido que era intenso, remissão total de algumas lesões
e parcial de outras, conforme pode ser verificado através
de registros fotográficos. Paralelamente observou-se
redução da pressão arterial da paciente como resultado
inesperado da AHT. Este estudo de caso pretende demonstrar
a efetividade da AHT em lesões da pele, contribuir para
validar a AHT como tratamento complementar, considerando a
necessidade atual de pesquisas que comprovem a efetividade
deste processo.
PROTOCOLO
O trabalho “Autohemoterapia: resultados de estudos de
casos clínicos realizados na UNIPAC-JF”, por sua vez,
trata de uma pesquisa descritivo-exploratória com
abordagem quanti-qualitativa do tipo estudo de caso, que
através da análise de fontes primárias (prontuários) e
secundárias (depoimentos dos pacientes), acompanha e
relata o processo de pacientes submetidos ao tratamento
pela auto hemoterapia. Teve acompanhamento através de
anamnese, exames complementares, imagens fotográficas e
relatos audio-visuais.
O tratamento seguiu um protocolo de enfermagem para
aplicação de auto-hemoterapia, dentro das normas de
biossegurança, tendo supervisão médica e de enfermagem
direta. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução
CNS 196/96 e não houve ônus para os participantes.
Resultados parciais da pesquisa, agosto/06 a maio/07 -
Prescrição médica: 12 seções de auto-hemoterapia com
aplicações semanais de 10 ml - Casuística: 35 pacientes de
18 a 77 anos tendo sido analisadas as dores e as doenças
autoimunes. 22 pacientes (63%) referiram redução da
intensidade dos sintomas, 11 pacientes = (31,3%),
referiram remissão total dos sintomas - 02 pacientes
(5,7%), não apresentaram alteração dos sintomas.
Não foi registrado e não houve queixas quanto a efeitos
colaterais ao tratamento e efeitos adversos das aplicações
por nenhum dos pacientes, ou seja 0%. Com este
estudo,consideramos que a autohemoterapia, por sua
simplicidade constituiu um ótimo tratamento complementar,
demonstrando sua inocuidade e comprovando sua eficácia.
PERSPECTIVAS
A auto-hemoterapia foi utilizada também no trabalho
“Perspectivas da enfermagem frente a implantação da sae na
auto-hemoterapia”, onde está escrito que “Um crescente uso
de terapias naturais e complementares no Brasil tem sido
observado na última década, referendado pelo Ministério da
Saúde, que no sentido de assegurar aos usuários do SUS o
direito de realizarem as terapias com segurança, propôs a
implementação de política de adoção de terapias não
convencionais na rede básica de saúde”. Explica que “De
acordo com a resolução 197/97 do COFEN, essas terapias são
especialidade do profissional de enfermagem quando
qualificado”.
Há um ano, a Faculdade de Enfermagem da UNIPAC-JF
realizava pesquisas sobre auto-hemoterapia AHT, para
referendar a técnica, que nessa experiência tem comprovado
sua eficácia e inocuidade, desde que efetuada por
profissional de enfermagem qualificado. Defendem que “Na
AHT, o enfermeiro realiza punção venosa periférica e
injeção intramuscular, procedimentos que inequivocamente,
são ATOS DE ENFERMAGEM e não de outros profissionais,
devendo ser regidos pelos órgãos de enfermagem
competentes”, asseverando que “Entretanto, devido a
infundadas alegações médicas de que não existem
comprovações científicas para a AHT - malgrado evidências
de sucesso do seu uso em outros países - no Brasil esta
prática encontra-se proibida”.
DEMANDA RAPRIMIDA
“Consideramos esta proibição um verdadeiro equívoco das
autoridades, diante das evidências científicas que temos
vivenciado em nossa prática, sendo também um risco para os
usuários, devido a grande demanda reprimida para a
utilização do procedimento no país” – acrescenta. E diz
mais: “Preocupados com os fatos, relatamos neste estudo
nossa experiência ao evidenciarmos que a prática bem feita
não resulta em efeitos adversos, visto termos uma
casuística de 35 pacientes, dentre os quais, alguns
realizaram mais de 20 aplicações sem que tenham
apresentado qualquer problema sistêmico ou local”.
Concluindo, revela que “Neste estudo demonstramos a
implantação da SAE e do protocolo de AHT no âmbito da
pesquisa científica universitária, ressaltando a
necessidade da supervisão direta da AHT pelo enfermeiro,
como forma de incentivo às autoridades no reconhecimento
da prática no Brasil”.
AUTORES
Os trabalhos acima citados foram realizados pelos
profissionais que listamos a seguir: - Autohemoterapia:
resultados de estudos de casos clínicos realizados na
UNIPAC-JF - Relator(A): TELMA GEOVANINI. 1º Autor(A):
Manoel Mozart Correa Norberto. CONHECENDO A
AUTOHEMOTERAPIA E COMPROVANDO A SUA EFICÁCIA -Relator(A):
MARIA CLARA SALOMAO E SILVA. 1º Autor(A): TELMA GEOVANINI.
Estudo Da Eficácia Da Autohemoterapia: Uma Análise
Fisiopatológica - Relator(A): Jonatas Lima De Bem. 1º
Autor(A): Telma Geovanini. PERSPECTIVAS DA ENFERMAGEM
FRENTE A IMPLANTAÇÃO DA SAE NA AUTOHEMOTERAPIA -
Relator(A): JEYVERSON DA SILVA FERREIRA. 1º Autor(A):
Telma Geovanini. TRATAMENTO DA ESCLERODERMIA ATRAVÉS DE
AUTOHEMOTERAPIA: UM ESTUDO DE CASO CLÍNICO - Relator(a):
TELMAGEOVANINI. 1º Autor(a): TELMA GEOVANINI, 2º Autor(a):
Manoel Mozart Correa Norberto, 3º Autor(a): Marilene Pires
Antonio. USO DA AUTOHEMOTERAPIA-ATH COMO FATOR COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DA PSORIASE VULGAR. Relator(a): TALITA DE
SOUZA MATOS. 1º Autor(a): Telma Geovanini, 2º Autor(a):
Loren Trevizani dos Santos, 3º Autor(a): Fernanda Ávila da
Costa Pereira, 4º Autor(a): Cristiane Paiva de Oliveira. |